A falta de mão de obra é um dos problemas mais graves em diversos setores da economia. No campo não é diferente, em especial no Mato Grosso do Sul. O Sindicato Rural de Campo Grande reuniu-se com autoridades envolvidas com os departamentos trabalhistas com a finalidade de encontrar uma solução, entre elas uma prática comum: fazer acordo para o recebimento do seguro desemprego.
A pauta da reunião foi a falta de mão de obra especializada no meio rural. A solução mais viável é promover cursos para formar e capacitar mão de obra para o campo. Há uma grande procura por campeiros, tratoristas, cozinheiros e outros profissionais que estão em falta no mercado.
O Sindicato destacou que este problema não é exclusivo da zona rural e é conseqüência de uma série de fatores. O número de trabalhadores que estão recebendo o seguro desemprego é alto no estado. Para o sindicato, muitos trabalhadores pedem demissão e os empregadores fazem acordo verbal e como se estivessem dispensando-os, assim eles recebem o FGTS e o seguro desemprego.
No entanto o problema não está apenas neste acordo informal, a remuneração é importante, mas não segura a mão-de-obra. É preciso melhorar no campo a gestão de pessoas, motivando mostrando a importância do trabalhador na atividade. Com isso aumenta a satisfação pessoal e familiar e cresce a vontade de permanecer no empreendimento rural.
Na média, os salários rurais ainda ficam abaixo da média de setores como serviços, comércio e construção civil. Falta de infraestrutura, pouca opção de lazer, distância entre a família e dificuldade em transporte são outros fatores que interferem no problema de conseguir mão-de-obra no campo.
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