Uma pesquisa da Unicamp revelou que a qualidade da água em 20 capitais brasileiras precisa melhorar. Cerca de 40 milhões de brasileiros recebem a água que sai das torneiras contaminadas com substâncias que afetam o sistema hormonal de seres humanos e animais. A pesquisa foi realizada pelo instituto de Química da Unicamp.
Mesmo atendendo os padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde, existem mais de 800 substâncias que contaminam a água e não são controladas por lei, chamadas de contaminantes emergentes.
Uma substância encontrada foi a cafeína, que em si não é prejudicial, porém indica que o manancial usado para o tratamento está comprometido pela poluição e que o processo de tratamento não foi 100% eficaz. Essa cafeína presente na água é praticamente toda excretada pela atividade humana, uma vez que é muito consumida em forma de café, energéticos e refrigerantes.
No ranking das capitais brasileiras, o maior índice de cafeína foi detectado em Porto Alegre/RS, seguido por Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Belo Horizonte/MG e Vitória/ES. Em Porto Alegre, o nível de cafeína foi de 2257 nanograma por litro. O máximo recomendado é 2.769 ng/l. Na Europa, por exemplo, é difícil encontrar níveis de cafeína acima de 20 ng/l. Além da cafeína, os cientistas encontraram concentrações variadas de atrazina, substância presente em herbicidas e de triclosan, usada na fabricação de produtos de higiene pessoal.
Vale lembrar que a água analisada já havia passado por tratamento, portanto se a empresa ou residência utiliza a água do reservatório para consumo humano ou de animais, é preciso purificá-la através de filtro ou purificador.
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