Com a modernização em diversos seguimentos, o problema de mão de obra qualificada tem se agravado no Brasil, especialmente na construção civil. Uma pesquisa do início deste ano aponta que 91% das empresas têm problemas para contratar profissionais capacitados nos mais variados cargos.
A pesquisa, realizada pela Fundação Dom Cabral, apontou que a maioria das empresas entrevistadas reclamou da falta de mão de obra para funções específicas, visão global dos candidatos, deficiência na formação básica e também de não ter influência em inglês. Porém, como a dificuldade para encontrar candidatos é grande, as empresas estão deixando de lado muitas dessas exigências. A falta de mão de obra já é vista como um gargalo no Brasil e não há previsão de melhora em curto e médio prazos.
Um dos setores mais afetados é o do agronegócio. Como esta área está em constante crescimento, não há mão de obra suficiente para atender a demanda. Multinacionais afirmam que, como na grande maioria o setor está estruturado fora dos grandes centros, jovens não tem interesse em trabalhar nessas localidades, pois não há infraestrutura suficiente, uma vez que eles preferem uma vida social mais agitada.
No setor da construção civil a falta de mão de obra também é um problema. Com o mercado imobiliário aquecido, não há trabalhadores suficientes para a demanda. Em muitos casos as empresas são obrigadas a buscar colaboradores em outros estados e dar capacitação para funções como pedreiro, carpinteiro e eletricista.
A falta de mão de obra está criando outra tendência, em especial na construção civil. As mulheres estão dominando os canteiros de obras. Elas ocupam cargos antes típicos masculinos como mestres de obras, pedreiros, técnico em segurança de trabalho e eletricista.
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